Jogadores da Seleção Brasileira cultivam lembranças do Mané Garrincha

Jogo contra o Peru, pelas Eliminatórias, marcará reencontros de memórias positivas e negativas com a arena, além de várias estreias. Flamenguista Gerson e palmeirense Weverton são os convocados com mais histórias no estádio da capital federal

Após ser totalmente reformado para receber a Copa do Mundo de 2014, o Estádio Nacional Mané Garrincha se acostumou a ser palco de grandes momentos do futebol no país. Moderna, a arena rompeu as fronteiras de Brasília e se transformou em uma espécie de “casa de todos os clubes”. E isso virou sinônimo da passagem de jogadores importantes pela cidade. Nesta terça-feira (15/10), a capital federal voltará a ficar em evidência nacional com o jogo da Seleção Brasileira contra o Peru, pelas Eliminatórias do Mundial de 2026, e vários atletas terão uma espécie de déjà vu quando pisarem no gramado.

Boa parte do grupo de convocados do técnico Dorival Júnior acumula histórias antigas com a versão padrão Fifa do maior estádio do Distrito Federal. Quando subirem ao gramado para jogarem contra os peruanos, 15 jogadores do elenco e o próprio treinador não terão a sensação de primeira vez. Para alguns deles, a maioria das lembranças são extremamente positivas e estão relacionadas a conquistas de títulos, vitórias importantes e gols. Outros viveram momentos mais amargos na capital federal, como derrotas em disputas de taças, e terão a oportunidade de deixaram a cidade com sentimentos mais alegres pela Seleção.

Entre os 24 atletas presentes na delegação em Brasília — mesmo suspenso, Lucas Paquetá fez companhia ao grupo no período na cidade —, dois podem, até mesmo, ganhar um crachá de guias turísticos da tamanha afinidade com o Mané Garrincha. Expoentes dos clubes mais vencedores do Brasil nas últimas temporadas, o goleiro Weverton, do Palmeiras, e o meio-campista Gerson, do Flamengo, acumulam diversas atuações recentes diante do público da capital federal. A dupla, inclusive, chegou a se enfrentar em duas decisões de títulos. Cada um levou a melhor uma vez.

Weverton tem histórias de altos e baixos com a capital federal. Por aqui, a melhor lembrança é a conquista da Supercopa do Brasil de 2022, justamente contra o Flamengo de Gerson. A parte negativa fica pelo vice-campeonato do mesmo torneio, um ano antes, também contra o rubro-negro carioca e o atual colega de Seleção Brasileira. O goleiro também decidiu a Recopa Sul-Americana na cidade e acabou derrotado. No jogo, o camisa 21 ainda se aventurou a cobrar um pênalti, desperdiçou e terminou marcado como vilão na decepção alviverde. As passagens por Brasília incluem, ainda, uma partida pela Seleção. Em 2021, era reserva na vitória diante da Venezuela, por 3 x 0.

Goleiro Weverton foi campeão, vice e perdeu até pênalti em partidas disputadas no Estádio Nacional Mané Garrincha
Goleiro Weverton foi campeão, vice e perdeu até pênalti em partidas disputadas no Estádio Nacional Mané Garrincha(foto: Cesar Greco/Palmeiras)

Em termos de títulos, Gerson leva a melhor quando comparado a Weverton. Confirmado pelo técnico Dorival Júnior como titular na partida diante dos peruanos nesta terça-feira (15/10), o camisa oito do Flamengo foi bicampeão da Supercopa do Brasil na cidade. A última passagem, no entanto, é um pouco mais amarga. Diante do Santos, o flamenguista acabou expulso e assistiu de fora a derrota dos cariocas. O saldo na capital federal, porém, é muito mais positivo e inclui bons resultados em 2019 e 2020, por exemplo. No check-list, ainda falta balançar as redes do estádio no qual é velho conhecido, a ponto de saber as características da torcida local.

“O estádio vai estar cheio. A torcida aqui lota, mas cobra bastante”, alertou, durante a coletiva de imprensa do último sábado (12/10). O impacto precisa ser imediato. A gente tem que trazer o torcedor para jogar junto desde o aquecimento. Quando o juiz apitar, a gente mostrar que quer ganhar o jogo. Na sexta-feira, o Peru ganhou do Uruguai. É um adversário que vai vir com confiança pelo último resultado. Temos que implementar o nosso ritmo para chamar o torcedor, mostrar um bom futebol e, se Deus quiser, conquistar a vitória”, destacou.

Fonte: Correio Braziliense

Foto: Marcelo Cortes

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