O primeiro-ministro do Japão enfatizou a necessidade de reforma da Organização das Nações Unidas em um momento em que o primado do direito internacional é desafiado pela agressão da Rússia na Ucrânia.
Kishida Fumio recebeu jornalistas quarta-feira em Nova York, um dia depois de discursar na Assembleia-Geral da ONU. Referindo-se ao seu discurso, disse que enfatizou a necessidade de ter por meta um mundo no qual seja protegida a dignidade humana. Ele explicou que destacou a importância da dignidade humana por acreditar que a necessidade de construir uma comunidade global colaborativa é uma mensagem com a qual o mundo pode concordar.
Destacando que o primado do direito internacional é essencial para a realização deste mundo, Kishida voltou a condenar a agressão da Rússia à Ucrânia e pediu o fim imediato do conflito e a retirada das forças russas.
Ele acrescentou que este é exatamente o momento de a ONU demonstrar capacidade de resolução de problemas de maneira eficaz. Afirmou que o organismo mundial deve tomar prontamente medidas concretas para fortalecer as suas funções, incluindo uma reforma do Conselho de Segurança. Assegurou que o Japão vai atuar em colaboração com outros países integrantes da ONU para tornar as Nações Unidas um lugar de cooperação, não de divisão e confronto, em face dos desafios.
Kishida também reiterou o compromisso com o desarmamento nuclear e a não proliferação, que chama de trabalho da sua vida, e manifestou convicção de que um mundo sem armas nucleares seja um ideal alcançável. Garantiu que se esforçará constantemente pela realização do ideal por meio da busca do engajamento de uma ampla variedade de países, incluindo nações em posse de armas nucleares e as que não as possuam.
No plano nacional, o primeiro-ministro do Japão anunciou que o seu governo iniciará discussões em grande escala no início da próxima semana sobre um pacote econômico para lidar com o aumento dos preços e outras questões.
Fonte: NHK World Japan
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