Oferecido como graduação no periodo diurno, o curso atrai alta demanda e oferece grandes oportunidades no setor de tecnologia. Diretor do câmpus comenta estrutura curricular

O câmpus Gama da Universidade de Brasília (UnB) oferece exclusivamente cursos de engenharia, entre os quais a engenharia de software tem se destacado. Para o diretor do câmpus, professor e físico nuclear Leandro Xavier Cardoso, o aumento da procura por esse tipo de formação está ligado ao aquecimento do mercado: “A tecnologia está cada vez mais presente, e empresas de diversos setores dependem de profissionais de tecnologia da informação (TI) para manter seus sistemas funcionando e inovar.”
Ainda que siga uma estrutura alinhada às engenharias tradicionais, o curso de engenharia de software atende às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de ciência da computação, o que o torna uma alternativa interessante para quem deseja entrar no universo tecnológico. “Nossos alunos são rapidamente absorvidos pelo mercado. Muitos conseguem estágio já no quarto ou quinto semestre, e alguns chegam a ter remuneração superior à de profissionais formados em outras áreas”, detalha o diretor.
Alta procura
Apesar do nome, o curso não é considerado de engenharia, uma vez que não obedece às DCNs da área. Porém, a formação está inserida em uma base comum de ensino, chamada Área Básica de Ingresso (ABI), e, portanto, tem as mesmas disciplinas introdutórias das engenharias tradicionais, tornando-se um diferencial.
Alta procura
Apesar do nome, o curso não é considerado de engenharia, uma vez que não obedece às DCNs da área. Porém, a formação está inserida em uma base comum de ensino, chamada Área Básica de Ingresso (ABI), e, portanto, tem as mesmas disciplinas introdutórias das engenharias tradicionais, tornando-se um diferencial.
A formação é de 5 anos, diurna, com acesso a laboratórios de computação e disciplinas voltadas para o ensino tanto de programação quanto de aspectos empresariais, como logística e governança. A estrutura curricular também inclui experiências práticas e competições, com participação de empresas parceiras.
Empregabilidade
A expectativa para o futuro da TI é de crescimento contínuo: “Acredito que esse crescimento só tende a aumentar. Um exemplo é o curso de engenharia automotiva, que antes era voltado para mecânica e hoje está muito mais focado em software, devido ao avanço dos carros elétricos. Essa transição mostra como a tecnologia está mudando até as áreas mais tradicionais, e se as engenharias não inovarem, podem perder espaço”, alerta Leandro.
Graduada em engenharia de software na UnB em 2018, Tainara Santos Reis, 31 anos, destaca que a empregabilidade na área de TI é “muito boa, independentemente de onde a pessoa tenha estudado”. “Eu nunca fiquei desempregada, nem por um mês. Antes mesmo de me formar, já trabalhava com carteira assinada, assim como muitos dos meus colegas”, relata a engenheira de qualidade, contratada numa empresa de consultoria tecnológica.

Para ela, o sucesso depende das habilidades desenvolvidas ao longo da formação. “O que faz diferença é o networking e a capacidade de passar nos processos seletivos, que costumam ser longos. Há muitas etapas, testes práticos, sendo necessário compartilhar a tela do computador e resolver problemas de codificação.”
Dicas de ingresso
Tainara aponta que há diversas carreiras possíveis, como análise de dados, design, desenvolvimento e engenharia de qualidade. Para se destacar, ela recomenda escolher uma área de interesse e se especializar, em vez de tentar abraçar todas as possibilidades ou seguir tendências. “O mercado é tão dinâmico que surgem novas profissões a todo momento. O ideal é escolher o que gosta e se aprofundar.”
Ela aconselha buscar experiência o quanto antes, visando um espaço no mercado antes mesmo da graduação. Já Leandro Cardoso recomenda um forte preparo em matemática e física, além de um bom entendimento das demandas do mercado. “Depois da primeira experiência, tudo flui mais tranquilamente. Há muitas oportunidades e opções para quem se forma em engenharia de software”, conclui Tainara.
Fonte: Correio Braziliense
Foto: Divulgação