Os trabalhos de auxílio continuam, quase duas semanas depois do grande terremoto que atingiu a região central do Japão no dia do Ano-Novo.
Até agora foram confirmadas as mortes de pelo menos 215 pessoas e 28 continuam desaparecidas. Autoridades da província de Ishikawa alertam que a deterioração do tempo pode ameaçar mais vidas.
Algumas pessoas conseguiram voltar às áreas mais atingidas para avaliar os estragos. Um distrito na cidade de Anamizu tinha cerca de 40 lojas, das quais muitas foram destruídas ou severamente danificadas.
Há 17 anos, a mesma área havia sofrido um outro grande terremoto. Segundo o presidente da associação empresarial local, Yoshimura Fusaji, os danos foram muito piores desta vez.
Mais de 2.500 pessoas permanecem isoladas em partes de Ishikawa. Os esforços para alcançá-las e procurar outras que continuam desaparecidas poderão ser prejudicados com as chuvas e a previsão de uma forte onda de frio para algumas das áreas mais atingidas.
As autoridades estão enfatizando o perigo da hipotermia. Segundo o professor da Universidade Médica de Kanazawa, Mizukami Hajime, parte da equipe enviada em resposta ao terremoto, algumas mortes podem ter sido causadas pelo frio. Ele diz ter visto vítimas fatais que podem ter sobrevivido por um ou dois dias e acredita que algumas pessoas sofreram hipotermia enquanto permaneciam presas nos destroços das casas.
Mais de 23.000 pessoas encontram-se em abrigos, incluindo locais como ginásios de esportes em escolas. O governo central espera encontrar hotéis ou outros tipos de acomodação para os desabrigados. O objetivo é garantir acomodações para 10.000 pessoas até o final desta semana.
A situação nas regiões atingidas pelo terremoto é especialmente difícil para idosos.
Na quinta-feira, aeronaves das Forças de Autodefesa do Japão transportaram vários residentes de asilos de idosos para instalações médico-hospitalares na província de Aichi. Autoridades locais pretendem transferi-los para instalações próximas assim que sua condição de saúde tenha sido averiguada.
Segundo uma pesquisa da NHK, 22 províncias e mais de 40 municípios japoneses afirmam estar prontos para receber os desabrigados do desastre do Ano-Novo.
Fonte: NHK World Japan
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