O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, anunciou um plano para investir cerca de 7 bilhões de dólares em programas de capacitação profissional para pessoas no mercado de trabalho.
Kishida deu seu discurso durante uma sessão extraordinária do Parlamento que foi aberta nesta segunda-feira.
Ele disse que o funeral de Estado para o ex-premiê Abe Shinzo foi uma ocasião solene e emocionante, adicionando que o governo irá levar seriamente em consideração uma variedade de pontos de vista da população e utilizá-los no futuro.
Kishida afirmou que o governo irá cumprir com sua responsabilidade em assuntos relacionados a um grupo religioso comumente conhecido como a Igreja da Unificação e que irá tentar reconquistar a confiança do público.
Veio à tona recentemente que alguns parlamentares possuem laços com o grupo, que é acusado de realizar práticas de marketing questionáveis. Kishida disse que o governo irá considerar revisar as leis de proteção ao consumidor para ajudar as vítimas da prática conhecida como “vendas espirituais”.
O premiê manifestou sua intenção de aliviar o ônus financeiro sobre domicílios e empresas devido à conta de energia, que está prevista para aumentar significativamente nos próximos meses.
O governo também pretende aproveitar um iene fraco para alcançar um aumento no gasto de turistas estrangeiros no Japão, chegando a cerca de 35 bilhões de dólares por ano.
Kishida prometeu adotar aumentos salariais que acompanhem o alavancada dos preços.
O governo planeja ainda compilar até junho do ano que vem diretrizes para promover uma maior mobilidade profissional. Entre elas, estarão medidas para apoiar a capacitação trabalhadores e a reforma do sistema de valor de salários com base em tempo de serviço.
Com relação a medidas de combate ao coronavírus, Kishida deu a entender que o governo irá garantir que hospitais sejam capazes de lidar com um possível surto duplo de Covid-19 e influenza.
Nas frentes diplomática e de segurança nacional, o governo terá como meta reforçar fundamentalmente a capacidade de defesa dentro de cinco anos.
No tópico das relações com a China – que celebram este ano 50 anos da retomada dos laços diplomáticos –, Kishida disse que os dois lados tentarão construir relações construtivas e estáveis.
Ele ressaltou a necessidade de se restaurar as relações com a Coreia do Sul a um nível salutar e de desenvolvê-las ainda mais, adicionando que o Japão irá manter comunicações estreitas com o governo sul-coreano.
Fonte: NHK World Japan
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